Este domingo, dia 27 de julho marca o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, uma data fundamental para reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento especializado.

O cirurgião oncológico Dr. Ricardo Motta, referência na área, chama a atenção para o aumento dos casos no Brasil e para a necessidade de campanhas educativas que ampliem o conhecimento da população sobre a doença. “O câncer de cabeça e pescoço está entre os dez mais incidentes no país, com quase 40 mil novos casos por ano. Apesar disso, ainda é pouco falado, o que dificulta o reconhecimento dos sinais e sintomas”, explica o especialista.

Esse grupo de tumores pode afetar diversas regiões, como cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais e glândulas salivares. Entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e, mais recentemente, a infecção pelo vírus HPV — que tem elevado a incidência entre pessoas mais jovens.

Segundo o Dr. Ricardo Motta, a prevenção envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, a vacinação contra o HPV em crianças e adolescentes e a atenção a sinais persistentes no corpo. Feridas que não cicatrizam, rouquidão prolongada, dificuldade para engolir, dor ao falar e nódulos no pescoço são sinais de alerta.

“Infelizmente, não há exames específicos para o rastreamento desses tumores. Por isso, o diagnóstico costuma ocorrer em fases mais avançadas, o que reduz significativamente as chances de cura. O ideal é que qualquer alteração persistente na região da cabeça e pescoço seja avaliada por um especialista o quanto antes”, alerta o médico.

O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens, de acordo com a localização e o estágio da doença. O Dr. Ricardo também reforça a importância do acompanhamento em centros oncológicos com equipe multidisciplinar, o que garante um cuidado integral e mais eficiente ao paciente.