Em um mundo cada vez mais conectado, a maior ameaça à segurança das empresas não está nos códigos de hackers sofisticados, mas na manipulação psicológica. A engenharia social explora a confiança das pessoas para obter informações sigilosas, persuadindo funcionários e executivos a fornecerem credenciais ou acessarem links maliciosos. E o pior: muitas vezes, a vítima sequer percebe que foi enganada.
A técnica mais comum é o phishing, em que criminosos enviam e-mails falsos se passando por bancos, empresas ou órgãos oficiais. Um simples clique em um link pode levar a páginas falsas, onde a vítima insere senhas e dados financeiros sem suspeitar. Outra tática é o pretexting, no qual o golpista se faz passar por alguém de confiança, como um colega de trabalho ou fornecedor, para obter acesso a sistemas corporativos. Já o vishing, uma variação por telefone, utiliza técnicas de persuasão para enganar a vítima e convencê-la a compartilhar informações críticas.
Relatórios recentes indicam que 80% das violações de segurança envolvem erro humano. Isso mostra que, por mais que empresas invistam em tecnologia, se os funcionários não forem treinados para reconhecer ameaças, a vulnerabilidade continuará existindo. A melhor defesa é a conscientização. Programas de treinamento frequentes, políticas rígidas de verificação de identidade e o uso da autenticação multifator reduzem drasticamente os riscos. Criar uma cultura de cibersegurança, onde cada funcionário compreenda seu papel na proteção da informação, é essencial para manter a empresa segura.
Os ataques de engenharia social não exigem tecnologia avançada, apenas um momento de descuido. No mundo digital, onde dados são um dos ativos mais valiosos, a atenção a cada clique pode ser a diferença entre segurança e prejuízo.
Fábio Queiroz é CEO da SanviTI TSI, Especialista em Tecnologia e Segurança da Informação.