Celebrar a cultura negra é celebrar a cultura brasileira, pessoas que fazem parte de nossas raízes culturais mais profundas, que são parte importante da formação do povo deste país, embora não tenham o reconhecimento na proporção de suas significativas contribuições. Somos uma mistura de povos, o que se evidencia em sermos conhecidos como um povo acolhedor, mesmo nem sempre sejamos com nossos próprios concidadãos. Essa mistura também está nas expressões culturais, na gastronomia e até mesmo nos diferentes estilos que fazem a nossa moda.
Estamos no mês da Consciência Negra, data que é comemorada na próxima quarta-feira, dia 20 de novembro, e que demorou a se disseminar. Em nossa região, não há muito tempo poucas cidades celebravam a data, e apenas no ano passado, ela foi oficializada como feriado estadual. Não apenas neste mês, mas ao longo de todo ano é preciso que o debate pelo fim do racismo e da discriminação e pela elaboração de políticas públicas que reduzam as desigualdades se estendam por todo o ano.
Não se trata de uma minoria, mas de uma maioria que precisa ter voz e ocupar os espaços que desejam, tendo mais oportunidades para encontrar novos caminhos, superando o que foi traçado pelas gerações anteriores. É preciso uma união de esforços, como sempre dizemos neste espaço, para equiparar as condições da população negra com outras raças que formam o nosso país para vermos cada vez pessoas negras em destaque nos mais diferentes segmentos.
Cabe ao poder público criar políticas, programas de promoção social, e se concluírem que as políticas afirmativas, como as cotas não são a solução, que outros caminhos sejam apontados. Também à iniciativa privada cabe o apoio necessário para esse fomento de novas políticas, um trabalho que também abrange uma mudança cultural pela educação.
Temos milhões de pessoas com uma longa luta para se sentirem representadas nos mais diversos produtos, nas mídias, e aos poucos, este espaço está sendo conquistado, mas o caminho é longo no combate às desigualdades, evidenciadas a todo momento. Estejamos unidos!
