A epidemia de dengue que tanto afligiu a região no início do ano, ainda é motivo de preocupação. O número de notificações de casos suspeitos da doença ainda é grande, e em oito meses, já são 45 mortes confirmadas em toda a região. As prefeituras seguem intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, mas ainda parecemos longe de uma solução que se mostre mais efetiva para evitar a propagação da doença.
Vale sempre ressaltar que medidas simples, adotadas pela população, são fundamentais na prevenção à proliferação do mosquito transmissor da dengue, e também da zika e chikungunya, como manter quintais, terrenos e lotes limpos e eliminar focos de água parada em pneus, latas e garrafas vazias, assim como vasos de plantas, potes e outros objetos que possam acumular água.
Também temos a vacina contra a dengue, ainda disponível para um grupo reduzido de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, mas que já se mostra como um importante método preventivo da doença. Como temos dito neste espaço repetidamente, é preciso aderir a vacinação, seja contra qual doença for, não apenas como cuidado individual, mas principalmente pelo bem-estar coletivo.
Ainda somos vítimas da emergência climática, com alterações extremas no tempo, como a onda de calor dos últimos dias, lembrando que ainda estamos no inverno, que em outros tempos já foi a estação mais fria do ano. O tempo instável é outro fator que contribui para a proliferação de doenças, talvez nesse momento não tanto a dengue, mas as respiratórias, também podendo ser combatidas previamente com a vacinação.
É preciso cobrar do poder público a sua parte, na intensificação de ações, celeridade na confirmação de casos e mortes pela doença para que tenhamos números cada vez mais próximos da realidade atual, ainda que a disponibilidade da vacina contra a dengue chegue o quanto antes para outros grupos, igualmente prioritários. Reforçando novamente que cada um deve assumir sua responsabilidade nesta corrente de ações para contribuir para ambientes mais saudáveis, reduzindo riscos, de foram a beneficiar a todos.
