No último dia 7, a Lei Maria da Penha atingiu a maioridade, completando 18 anos, com um papel importantíssimo no combate à violência contra mulheres. A dor sentida na pele por Maria da Penha Maia Fernandes, que fez dela símbolo desse movimento de enfrentamento, é a mesma vivida por milhares de mulheres, independentemente do cargo que ocupam e da sua realidade socioeconômica. 

Os desafios ainda são muitos, mas temos avanços importantes como o endurecimento da legislação e o maior número de canais de denúncia e de Delegacias da Mulher, embora ainda funcionem em horário comercial, assim como uma rede de suporte cada vez mais abrangente para encorajar a decisão dessas mulheres, de colocar fim ao ciclo de violência. 

Nesta rede, a Patrulha Maria da Penha tem um papel fundamental, e em Suzano, o grupamento da Guarda Civil Municipal (GCM), se tornou referência. O trabalho é árduo no monitoramento das vítimas para o respeito às medidas protetivas, garantidas pela legislação. Todo nosso reconhecimento a esse valoroso grupo de profissionais que fazem a diferença, por vezes, entre a vida e a morte para mulheres que vivem com medo, temendo não apenas por suas vidas, mas por seus filhos, amigos e familiares. 

Infelizmente não têm sido raros os casos de feminicídio, tendo como testemunhas até mesmo os filhos pequenos do relacionamento com aqueles que se tornaram assassinos. E, por mais duro que seja, é possível dizer que nenhuma mulher está completamente a salvo da violência de uma sociedade em sua maioria ainda machista. Uma violência que pode estar dentro de casa, mas também à espreita nas ruas. Haja visto o número crescente de estupros, que também tem entre as vítimas pessoas vulneráveis, ou seja com menos de 14 anos ou que não oferecem resistência aos covardes agressores.

O enfrentamento da violência contra a mulher é uma missão de todos, começando logo no início da vida escolar, com o respeito e equidade nas relações entre os gêneros, e seguindo para os mais diversos ambientes, sempre em debate.