Temos presenciados muitos avanços na inclusão de pessoas com deficiência e transtornos como o autismo, porém, os desafios ainda acompanham as famílias, especialmente as mães atípicas na mesma proporção. Além do que vivem em seu dia a dia, com as dificuldades dos filhos, encontram obstáculos onde o apoio deveria ser garantido, como as unidades escolares.
Os desafios da rede pública de educação são conhecidos, seja no Estado ou nas cidades, com problemas da infraestrutura dos prédios até a falta de profissionais, ainda mais para aqueles alunos com necessidades de um acompanhamento diferenciado. E por isso, muitas mães acabam recorrendo à Justiça ou arcando com este custo para ter esse serviço, que muito contribui para a adaptação e socialização no ambiente escolar. Infelizmente a situação não é muito diferente em instituições privadas, que também, por vezes, pecam nesse atendimento.
A inclusão vai muito além da mera frequência em uma escola regular, é fundamental que o acolhimento ao aluno e também a sua família seja realizado da melhor forma possível. Embora sobrecarregados por diversas tarefas acumuladas, além da violência e falta de respeito enfrentados no dia a dia, cabe aqui um esforço conjunto dos profissionais da unidade escolar, com o apoio dos órgãos responsáveis.
Os centros especializados, especialmente voltados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), vão surgindo, o que deve melhorar certamente o atendimento clínico e terapêutico, mas tudo a partir de uma avaliação criteriosa de profissionais qualificados, que vão definir, se realmente cabe ou não àquela criança estar neste espaço ou permanecer na escola regular.
A capacitação deve ser contínua para atender públicos que estão cada vez mais presentes, buscando seu lugar de fala, e ocupando espaços a que antes não tinham acesso. A inclusão precisa ser real, abraçando todas as pessoas. O aprendizado é contínuo e vamos evoluindo para oferecer o melhor acolhimento e apoio a quem precisa, não apenas crianças e jovens, mas principalmente às suas famílias.
