É incrível, mas como há gente falsa em nosso país! Aliás, não é somente no Brasil, estão espalhadas por todo o planeta. Em alguns países mais civilizados e educados, os números de pessoas falsas diminuem, enquanto que em outros os mentirosos, falsos e trapaceiros crescem todos os dias. Em todas as camadas sociais e categorias profissionais eles estão presentes. 

Deveríamos exigir que os políticos corruptos, os fraudadores, estelionatários e falsos sempre assinassem os documentos com tinta forte incapaz de serem apagadas. Os malandros e falsos sempre assinam a lápis, pois, assinando com lápis será fácil de apagar. Depois dirão: “eu dei a palavra, mas não assinei”. Em outros momentos explicarão: “assinei sim, mas não dei a minha palavra de honra”. Procurem e encontre a minha assinatura, ela não existe. Por que as assinaturas dos malandros não são encontradas? Porque assinaram a lápis, portanto, fácil de apagar. É como se escrevessem no gelo que se dissolverá em pouco tempo.  

As pessoas falsas têm desvios de consciência, são frias, calculistas e tentam levar vantagens. É como se fossem psicopatas. É impossível precisar quantos, em porcentagens, são os falsos e perversos, uma vez que não há estatísticas sobre estas questões.   Quem acaba por educá-los é a própria natureza ou os sofrimentos que passam devido às atrocidades, crimes e maldades que cometem. Quando alguém procura enganar, cria todos os tipos de subterfúgios, além das artimanhas e argumenta com seriedade como se fosse um artista, mas todos sabem que está desviando a atenção. É interessante notar o comportamento das pessoas sem consciência. 

Por que há tantos crimes no Brasil? Há três pilares que estão se desmoronando cada vez mais: A família, a educação e a religião. Estas bases sociais se modificaram profundamente nas últimas décadas. As estatísticas demonstram que mais de quarenta por cento das famílias, não tem um líder da família. Em inúmeras vezes a mãe ou o pai tem que sair para o trabalho e os filhos permanece ao desamparo. A educação vem se destruindo aos poucos. As religiões que poderiam dar base moral à juventude, entretanto, são poucas aquelas que trazem bons exemplos e educam em prol da ética e da moral. A nação está cada vez mais desgovernada. Quando alguém assumir compromisso não deixe assinar com lápis.

Olavo Arruda Câmara é advogado, professor, Mestre e Doutor em Direito e Política.