O furto e roubo de celular é o tipo de crime que a grande maioria da população brasileira já foi vítima ou conhece alguém que foi. Essa modalidade ganha cada vez mais força, especialmente nos grandes centros urbanos. Trata-se de crime rápido, fácil de praticar e que garante lucro, já que a venda desses aparelhos subtraídos é certa e rápida.

O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) de 2024, divulgado nesta quinta-feira (18/07), apresenta um pouco dessa realidade que, atinge de forma direta o Alto Tietê. Quatro cidades da região estão no ranking dos 50 municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes com maiores taxas de roubo e furto de celular do Brasil. 

Poá está na 18ª posição, Ferraz de Vasconcelos na 25ª, Itaquaquecetuba na 32ª e Suzano na 50ª. O relatório aponta que, em Poá, por exemplo, foram 1.102 aparelhos levados por criminosos a cada 100 mil habitantes, enquanto que em Ferraz foram 1.046,9, Itaquá 931,3 e Suzano 756,3.

A publicação chama a atenção para as causas e possíveis ações para a redução desse crime. De acordo com o anuário, a dinâmica desse tipo de crime comprova a ideia de eles serem cometidos em razão de oportunidade e suscetíveis a diversas variáveis de local, horário, poder de compra das vítimas e tipo de dispositivo. 

O relatório destaca ainda que “os roubos e furtos de celulares também parecem influenciados pela baixa capacidade institucional do Estado, especialmente das polícias civis, em investigar tais ocorrências e punir seus responsáveis.”

É preciso utilizar a tecnologia a favor da segurança. Adotar estratégias que aumentem a efetividade do enfrentamento aos crimes patrimoniais é fundamental para que esse ciclo constante de roubos e furtos tenha uma redução significativa.

É um direto da população e um dever do Estado garantir a proteção da população, seja de crimes mais graves, como sequestros e estupros, ou de furtos e roubos de celular, que podem ser delitos mais leves, mas que prejudicam e causam prejuízo para milhares de pessoas todos os dias.