A revolução bolchevique ocorrida na Rússia, em 1917, firmada no relativismo e no livro "O Capital" de Karl Marx fez o homem desviar-se do Caminho, da Verdade e da Vida, Jesus Cristo, para construir um duvidoso caminho, uma relativa verdade e uma falsa esperança de vida. Os miseráveis do proletariado foram seduzidos pelo discurso de Lenin que prometeu nivelar as diferenças sociais sequestrando as riquezas da burguesia, que segundo ele, era a causa da injustiça na má distribuição dos lucros que mantinham a pobreza das famílias. Os pobres tomaram de assalto os bens dos ricos e dessa anarquia surgiu o comunismo implantado pelas botas amargas do poder e da tirania. 

O Evangelho de Jesus ensina que a sociedade é transformada pelo homem, e não ao contrário, o homem ser transformado pela sociedade. O Marxismo se alicerça nessa premissa: se a sociedade é justa o homem se torna justo. O reino de Deus se fundamenta no amor e na justiça, o comunismo se impõe pela força do poder. A perseguição obsessiva de Stalin aos considerados dissidentes, inimigos do povo ou do regime, levou à morte aproximadamente 100 milhões de pessoas acusadas de traição. 

Na sua soberba e estultícia o homem diz "Não preciso de Deus. Vou abrir o meu próprio caminho"; sendo Deus desnecessário o homem se torna agnóstico e ateísta. A reconstrução da Torre de Babel está acontecendo de novo no coração do homem sem fé que anseia alcançar o céu com as próprias mãos. A maioria dos cristãos nominais está inventando um novo cristianismo sem Cristo, portanto sem pecado, cujos pregadores, em vez do Evangelho da salvação, anunciam uma mensagem humanista de saúde e prosperidade. Ateísmo cristão é ser cristão sem Cristo. 

A salvação pela graça pela morte de Cristo na cruz está sendo anulada pela Igreja, que é o Corpo Vivo de Cristo, para uma enganosa salvação pelo mérito das obras. A cabeça da Igreja é Cristo, e se a cabeça for cortada pela incredulidade ateísta cristã cada um vai fazer o que bem parecer aos seus próprios olhos. A humildade nos faz servos de Deus, porém o orgulho precede a Queda.

Mauro Jordão é médico.