Lei já aplicada em outras cidades do Brasil, a presença de bombeiros civis em eventos e locais com grande circulação de pessoas está prestes a se tornar obrigatória em Mogi das Cruzes.  Um projeto de lei que obriga a necessidade de uma equipe de combate a incêndio e primeiros-socorros, composta por bombeiros civis profissionais em espaços que reúnam grande público, foi aprovado nesta semana pela Câmara de Mogi das Cruzes.

A mesma propositura, que parece ser uma medida básica quando pensamos em segurança, chegou a ser votada e aprovada em 2019, mas foi vetada pelo Executivo na ocasião, que não entendeu a iniciativa como prioridade.

Quando olhamos para trás e nos deparamos com tragédias como a que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde mais de 200 jovens morreram após um incêndio na boate Kiss, temos a certeza que eventos grandes necessitam de reforço na segurança em caso de situações que fogem do controle e colocam a vida do público presente em risco.

O bombeiro civil tem a função de evitar possíveis acidentes e não de socorrer as vítimas quando o mesmo já aconteceu, como faz o bombeiro militar. Enquanto o primeiro promova um trabalho preventivo, o segundo atua para salvar vidas em casos de desastres, acidente, incêndios e outras ocorrências graves.

Não é difícil imaginar que a obrigatoriedade de uma equipe de combate a incêndio e primeiros-socorros, composta por profissionais devidamente capacitados, seja criticada por alguns em um primeiro momento, uma vez que a medida vai gerar um custo, mas também não é difícil entender a importância, principalmente, para preservar vidas.

Que Mogi das Cruzes, e também as cidades da região, reflitam sobre a importância dessa lei, que para passar a valer no município depende também do aval do prefeito Caio Cunha (Podemos). Que os municípios copiem a possível lei mogiana e que o Alto Tietê preserve sua população. E a medida não seja pensada e adotada depois de uma tragédia como já vimos acontecer muitas vezes no Brasil.