Menina dos olhos do prefeito de Mogi, Caio Cunha (Podemos), o programa de recuperação asfáltica Nova Mogi será acompanhado mais de perto pela Câmara. Para isso, os vereadores aprovaram nesta semana a criação da Comissão Especial de Vereadores (CEV), que ficará responsável por fiscalizar os trabalhos de pavimentação e requalificação das vias públicas da cidade.
O assunto tem rendido bastante debate na cidade e na própria Casa de Lei. A importância do programa não pode ser questionada, mas o critério de escolha das vias beneficiadas, bem como o recurso utilizado, são pontos bastante debatidos e criticados, especialmente pela oposição.
Algumas ruas centrais da cidade, como a avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, a avenida dos Bancos, foram recuperadas por meio do Nova Mogi. Enquanto o prefeito destaca que essa e outras vias precisavam receber melhorias, inclusive no sistema de drenagem, a oposição afirma que a “medida eleitoreira foi adotada para chamar a atenção da população”, uma vez que se trata de uma obra no centro, em uma das principais avenidas da cidade, e que gerou muita repercussão.
Em sua defesa, Caio Cunha afirma que “seria burro” de adotar essa estratégia pensando nas eleições, uma vez que a obra causou muito mais transtornos do que elogios. O fato é que o programa tem atendido não apenas o centro, mas também muitos outros bairros e promete continuar melhorando vias até o final de 2024 com o objeto de se tornar uma iniciativa contínua em Mogi.
A CEV será importante e muito útil, já que é papel da Câmara fiscalizar o trabalho do Executivo e, neste caso, averiguar a qualidade dos serviços e a aplicação dos investimentos em pavimentação, especialmente quando o recurso utilizado também é motivo de debate. O valor deveria ter sido usado para a construção de terminais rodoviários, mas segundo a prefeitura, precisou ser remanejado para que a cidade não perdesse o montante.
Nas próximas semanas o assunto promete ser destrinchado e quem ganha com isso é a população, maior interessada no desenvolvimento da cidade e no uso responsável do dinheiro público.
