Para muitos hoje começa um feriado prolongado, que além do período de descanso merecido, também marca o fim do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda. Parece que faz parte mesmo da natureza do brasileiro, deixar tudo para a última hora e viver a pressão do prazo terminando para concluir a entrega. Mas como abordamos aqui recentemente, é preciso que a transparência exigida dos contribuintes, também seja adotada pelos governos no trato do dinheiro público. 

Afinal diariamente pagamos impostos nos produtos e serviços, e raramente temos a contrapartida em serviços com a qualidade merecida e desejada pela população. Vivemos uma epidemia de dengue e a rede pública, sobrecarregada nos serviços de urgência e emergência, não tem condições de oferecer o atendimento com a atenção devida por falta de recursos, quando se trata de profissionais e por vezes até mesmo nos mais básicos insumos. 

Da mesma forma na educação, não são raras as escolas com uma estrutura precária, demandando reformas e adaptações que parecem longe de se concretizar. E o problema não está apenas nos prédios, mas também nas equipes com frequentes faltas de professores. São muitos os desafios para que o poder público ofereça contrapartidas de acordo com o volume de recursos que recebe de cada um de nós, mesmo quem não é obrigado a declarar seus impostos, também faz parte da arrecadação dos municípios, estados e da União. 

Um desafio de gestão, mas que também é de todos nós para a fiscalização, para a atenção ao controle das contas. Assim como no orçamento doméstico é preciso saber onde os recursos públicos estão sendo investidos, se estão devidamente direcionados para políticas públicas eficientes que realmente atendam a população. 

Somos em geral bons pagadores de impostos, e sabemos que não são poucos os sonegadores também, porém, devemos fazer nossa parte e nos tornarmos, principalmente, excelentes fiscalizadores da gestão dos entes públicos sobre os recursos arrecadados com impostos para que tenhamos um futuro melhor para todos.