Infelizmente toda a movimentação contrária a instalação do pedágio na rodovia Mogi-Dutra, logo no início do anúncio da retomada do projeto pelo governo do Estado, foi perdendo força, e vem aí o leilão do Lote Litoral, no próximo dia 16, como destacamos na edição de hoje. A concessão das rodovias, inclui também a Mogi-Bertioga, mas sem nenhuma contrapartida que traga a segurança necessária para quem trafega pela rodovia, especialmente no período de chuvas, com mais uma interdição registrada no início de ano. Também para a Mogi-Dutra nenhum investimento importante previsto. 


A única garantia do projeto do governo do Estado é mesmo a cobrança do pedágio nas duas principais rodovias que cortam Mogi das Cruzes. O que se viu foram soluções paliativas para manter o ir e vir de moradores e o movimento dos mais diversos setores da economia da cidade, com redução da cobrança ou sua isenção em determinados trechos, no caso da Mogi-Dutra. 


Outros caminhos existem para evitar a cobrança e melhorar as rodovias que foram construídas pela cidade e hoje recebem um grande fluxo de veículos vindos das mais diferentes localidades do Estado. Soluções foram apontadas por técnicos, e depois ignorados pelo governo estadual. Ao que tudo indica não teremos mesmo como fugir da cobrança, que mesmo sem as tradicionais praças de pedágio, certamente também terá reflexos negativos em outras cidades que fazem divisa diretamente com Mogi, como Suzano. 


Na última visita do secretário estadual de Parceria em Investimentos, Rafael Benini, à região foi anunciado um pacote de projetos para o Alto Tietê, com um alto volume de recursos, atendendo demandas antigas como a extensão da Linha 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) até o distrito de Cézar de Souza, alças de acesso do Rodoanel, e a Marginal do Taboão. Nada que não seja fundamental e já não tenha sido solicitado mais de uma vez para o Estado, e o principal, sem prazo para que o pacote de obras seja realmente concretizado. 

O Estado assim estende uma mão com promessas para demandas necessárias, e fechar a outra, com o pedágio, ao que tudo indica inevitável.nde uma mão com promessas, e fechar a outra, com o pedágio, ao que tudo indica inevitável.