Um problema antigo é a falta de recursos para a educação, que oferecem dignidade não apenas para quem aprende como também reconheçam aqueles que se dedicam a árdua tarefa de ensinar, como também quem faz parte do quadro técnico e administrativo das instituições. 

Não raro temos paralisações em busca de melhores condições de trabalho, normalmente apoiada pelos estudantes quando se trata do ensino superior. Não é difícil se solidarizar com as dificuldades enfrentadas por profissionais da educação. Deveria haver maior reconhecimento por aqueles que são a base de todas carreiras, e não se trata apenas da profissionalização, mas do caráter transformador da educação desde a primeira infância. 

Na edição de hoje destacamos a paralisação de servidores em unidades do Instituto Federal de São Paulo, que na próxima semana deve alcançar também o Estado, com as Etecs e Fatecs. Na pauta de reivindicações, recomposição salarial, reestruturação de carreira, e outras melhorias, que deveriam ser logo abraçadas pelos governos tanto federal, como estadual. Vale lembrar que em agosto já houve greve nas Etecs, ou seja, o ano começou com os mesmos desafios para esses profissionais. 

Muito se fala que os recursos públicos existem, e o problema está em sua gestão. E por que não direcionar para a Educação valores além do que é estabelecido por lei para atender não apenas às melhorias exigidas com razão pelos profissionais do setor, mas também um maior investimento nas estruturas das instituições de ensino, na maior parte das vezes, precárias da educação infantil ao ensino superior.  

Ao invés de figurarmos com frequência nos últimos lugares dos rankings internacionais, precisamos que a Educação seja encarada como um importante investimento no futuro, com reflexos na formação de uma sociedade mais participativa, consciente de seus direitos e deveres, mais produtiva e competitiva no que tange a economia, entre tantas outras consequências positivas. Este foi o primeiro passo para que muitos países se tornassem grandes potências.