A expressão facial começou a ser estudada mais atentamente pelos anatomistas do início do século XIX, mas a observação científica dos músculos faciais somente apresentou grande impulso a partir das meticulosas pesquisas, dissecções e publicações de Sir Charles Bell (1806).

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No exame clínico da porção motora do nervo facial, deve-se observar primeiramente a face em repouso, quieta, serena. Observe se há, assimetrias dos vincos e sulcos de expressão e nas dimensões dos orifícios naturais como os olhos, narinas e orelhas, além, é claro, da ausência de horizontalidade da linha que delimita o espaço entre os lábios. 

No entanto, a paralisia do nervo facial agora é considerada uma síndrome clínica com um diagnóstico diferencial próprio, e o termo "paralisia de Bell" nem sempre é considerado sinônimo de paralisia do nervo facial idiopática. Cerca de metade dos casos de paralisia do nervo facial é idiopática. A paralisia do nervo facial idiopática ocorre devido a edema do nervo facial decorrente de doença imunitária ou viral. O nervo inchado é comprimido ao máximo à medida que atravessa a porção labiríntica do canal facial, resultando em isquemia e paresia. A doença de Lyme pode causar paralisia do nervo facial que, ao contrário da paralisia de Bell, pode ser bilateral. 

O tratamento principal deve ser imediatamente com um fisioterapeuta e são inúmeras as técnicas para recuperação funcional dos músculos da face, por isso, devem ser adaptadas às necessidades individuais de cada paciente.

Entre as técnicas mais utilizadas estão os exercícios de fortalecimento muscular, estimulação elétrica neuromuscular, crioestimulação e técnicas de relaxamento muscular. O objetivo é melhorar a simetria da face em repouso e durante os movimentos bilaterais, além de inibir os movimentos involuntários. Existem ainda as técnicas que incluem calor superficial, massagens, alongamentos, laser de baixa intensidade, porém é importante buscar o profissional capacitado. 


Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e diretor científico da Associação Brasileira de Perícias Fisioterapêuticas (ABRAPEFI) - @abrapefi