Estamos às vésperas de mais um feriado prolongado, bastante aguardado por todos, o Carnaval. Momento de descontração e música para todos os gostos, também é hora de muitos pegarem as estradas rumo ao litoral. A rodovia Mogi-Bertioga, mesmo depois da interdição recente, deve receber mais de cem mil veículos a partir de sexta-feira (9).
As obras em andamento, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão responsável pela via serão suspensas temporariamente até a semana seguinte. Porém, o que ser percebe é que se trata de mais uma solução paliativa para os problemas estruturais da via, que está no pacote de concessão do governo do Estado, juntamente com a rodovia Mogi-Dutra, mas as duas sem expectativas de investimentos significativos.
Antes que uma tragédia ocorra e tenhamos o registro de vítimas nos deslizamentos, que vem marcando essa época do ano, é preciso que soluções mais eficientes, que foquem na raiz do problema sejam adotadas pelo governo do Estado. Será que os muros de contenção seguram uma pedra ou mais de uma delas nas proporções da última que caiu, com cerca de 3 metros de altura e 9 metros de comprimento? E se tivesse atingindo um veículo que passasse pela via?
Depois da interdição do ano passado, a via permaneceu em obras por meses, e o que foi efetivamente feito? É seguro para os usuários, especialmente em épocas de chuvas como agora? São muitas as perguntas e poucas respostas que renovem a sensação de segurança da população, sempre com receio ao pegar a estrada que leva ao litoral.
É preciso investimento do governo do Estado, consultar os especialistas da área técnica que conhecem a via, realizar um estudo da situação real da rodovia. Se isso não é possível pelo poder público, que seja contemplado na concessão à iniciativa privada para que sejam executadas obras efetivas.
Se a cobrança do pedágio é inevitável nas rodovias, como prevê o edital de concessão do Lote Litoral Paulista, seja com a praça de pedágio como conhecemos ou no sistema automático free flow, que os investimentos urgentes e necessários para as vias também sejam.
