A Atividade Delegada foi uma “grande febre” no Estado há pouco mais de dez anos, quando centenas de cidades se mobilizaram para contar com o reforço de policiais militares em horário de folga para trabalhar no patrulhamento, principalmente, dos centros comerciais. E no Alto Tietê não foi diferente.

A medida era, e ainda é, vantajosa para as administrações municipais, que conseguiam aumentar a sensação de segurança nos municípios, e para os policiais, que conseguiam uma renda extra trabalhando de forma legal e com o aparato da corporação.

Nesta semana, o Mogi News/Dat trouxe um levantamento que mostra como a Atividade Delegada perdeu seu prestígio na região. Entre as cidades questionadas, apenas Mogi das Cruzes afirmou que ainda conta com esse serviço mantendo nove policiais atuando diariamente nas ruas do centro da cidade e também no centro comercial de Braz Cubas.

Suzano, por sua vez, se organiza para voltar a contar com o reforço dos policiais militares no patrulhamento da cidade, enquanto Itaquaquecetuba e Poá não adotaram o serviço e nem pensam em fazê-lo.

É fato que, com a ampliação e o armamento da Guarda Civil Municipal (GCM), as gestões municipais se viram diante de uma nova realidade. Com a possibilidade de formar efetivos cada vez mais treinados e equipados, os municípios tem dado preferência em ampliar suas corporações, que, inclusive, estão sob o comando da própria administração municipal.

Não se pode negar que as guardas têm ganhado cada vez mais espaço na segurança pública, mas também não podemos ignorar o preparo muito superior dos policiais militares para atuar no combate de crimes, seja por meio do policiamento ostensivo e preventivo. O trabalho da PM nunca será substituído pelo da GCM.

Quando se fala em segurança, cada vez mais necessária e cobrada pela população, todo reforço é válido. Unir esforços, usando a Atividade Delegada e a guarda, deveria ser uma possibilidade a ser pensada e executada pelas cidades da região, que conhecem o trabalho e a importância desses dois efetivos.