Absenteísmo. O nome pode parecer difícil, mas trata-se de um problema simples e recorrente na região: o índice gerado a partir da falta em consultas e exames previamente marcados, ou seja, quando um munícipe agenda um horário com um médico, seja para uma avaliação ou um procedimento, e não comparece.

Em Itaquaquecetuba, por exemplo, de acordo com a prefeitura, o índice de absenteísmo varia entre 30% e 40%. No pior cenário, de um total de 10 pacientes que marcam uma consulta, quatro faltam. Dessa forma, aquele horário, que poderia ser ocupado por outra pessoa, é perdido, assim como o trabalho do médico, que estava ali à disposição para fazer aquele atendimento. 

Mogi das Cruzes (18%), Poá (19,2%) e Suzano (10%) também apresentam o mesmo problema, mas com índices menores de forma geral, porém, em especialidades, como dermatologia, por exemplo, a porcentagem chega a 30% na rede municipal suzanense. Isso porque, na maioria dos casos, não se tratam de atendimentos urgentes e, sendo assim, muitas pessoas acabam desistindo de comparecer.

O fato é que, independente da urgência e ou da especialidade, toda falta resulta em prejuízo para a saúde pública e para a própria população. Se o atendimento prestado nas cidades já não é suficiente para atender a grande demanda, desperdiçar consultas torna esse cenário ainda mais preocupante, uma vez que a gestão municipal gasta para pagar aquele médico e os munícipes perdem aquele horário que poderia ser usado por outra pessoa, fazendo a fila de espera “andar ainda mais devagar”.

O problema do absenteísmo é fácil de resolver. Basta a população entender que a sua falta vai fazer a diferença sim e que precisa ser comunicada com a devida antecedência para que outro paciente possa ser atendido.

Aos municípios, por sua vez, cabe conscientizar a população sobre o tema, deixando claro os prejuízos que são causados por esse ato que pode parecer inofensivo. Responsabilidade e pensamento coletivo devem prevalecer dentro da saúde pública.