Todo ser humano, sendo do bem, deseja uma sociedade de justiça, alicerçada na moral, na ética, no respeito e no amor. Esse tipo de mundo permite que os nossos sonhos caminhem na esperança de alcançar essa forma de realidade. Interrogado, em entrevista de rua, um rapaz de 17 anos, após apresentar o seu malabarismo, ao lado do semáforo que se achava vermelho, respondeu desviando o olhar: "Ainda não tenho nenhum sonho". 

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Sonhar é o caminhar da imaginação em direção ao ideal. Outro adolescente de 16 anos, lavador de carro, entrevistado, demonstrou ter perspectiva para o futuro, mesmo tendo de colocar dinheiro em casa para ajudar a sustentar os seis irmãos: "Estou poupando um pouco do que eu ganho porque o que  eu quero mesmo é ser dono do meu próprio lava-rápido um dia". Muitos têm hibernado suas vidas num longo sono de acomodação destituído de sonhos; não caminham porque lhes falta a coragem para a realização. Na mente das crianças existe uma verdadeira incubadora de sonhos. 

Há os que sonham para realização de si mesmos, e outros, idealistas, lutam por um mundo melhor onde vivem. Martin Luther King,  em sua luta pela não violência afirmou em discurso: "A humanidade aprendeu a voar como os pássaros, mas não aprendeu a simples arte de andar na terra como irmãos". Lembro bem, no início do primeiro filme da série "O Planeta dos Macacos", de 1968, Charlton Heston encontra, entre as ruínas deixadas após uma guerra nuclear, a Estátua da Liberdade enterrada na areia da praia, indignado pela destruição da Terra pelos homens grita a todo pulmão: "Malditos! Malditos! Malditos!" Nunca houve trégua ou paz duradoura desde que Caim profanou a terra com o sangue de Abel. 

Um mundo e um Ano Novo melhor só vão acontecer quando a paz de Cristo, que excede a todo entendimento, reinar no coração dos homens: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; Eu não vo-la dou como o mundo a dá". João 14: 27.  A paz negociada sem amor e perdão é a trégua da guerra do ódio, é o sonho que se torna em pesadelo. 


Mauro Jordão é médico.