A rodovia Mogi-Bertioga foi liberada para o tráfego de veículos na noite de ontem. Após seis dias de interdição, as pistas, que receberam diversos serviços, inclusive implosões das rochas que deslizaram no último dia 25 em função das chuvas, foram finalmente abertas. 

Quem acompanha as notícias da região ou utiliza a rodovia com frequência sabe como tem se tornado recorrentes os episódios de deslizamento e interdição das pistas. Com chuvas cada vez mais fortes, a terra fica enxarcada e, consequentemente, desce a montanha, juntamente com grandes pedras e árvores. 

Muros de contenção também são construídos com mais frequência, mas a pergunta que fica é até quando eles serão as alternativas viáveis para tornar a estrada mais segura e serão capazes de garantir a segurança dos motoristas. 

Felizmente os deslizamentos dos últimos anos não deixaram vítimas, mas o risco de um acidente mais grave é real e, ao que tudo indica, com chances remotas de ser evitado, uma vez que contra a força da natureza e as grande rochas existentes no trecho de serra é impossível lutar. 

A luz no fim do túnel poderia ser a concessão da rodovia defendida pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas o projeto do Lote Litoral, que já está com a licitação em andamento, não prevê medidas realmente eficazes contra novas deslizamentos. 

As melhorias previstas não justificam a cobrança do pedágio, que até poderia ser justa caso a rodovia passasse por obras realmente relevantes. 

Todos queremos seguir para o litoral em segurança, assim como também precisamos entender a obrigação do governo estadual em oferecer um trajeto realmente seguro, inclusive nos dias de chuvas fortes comuns durante todo o verão. 

A população necessita de lazer e não de mais um problema para se preocupar. Já que teremos que pagar o pedágio para ver o mar, que tenhamos ao menos um caminho confiável.