Os presépios que antecedem as festividades do Natal procuram romantizar com beleza e luz o lugar onde Jesus nasceu. Na estalagem, totalmente ocupada por peregrinos, não havia lugar para o casal Maria e José que também vieram à Belém para recensear-se de acordo com o decreto promulgado por César Augusto. Maria em fase final de gestação entrou em trabalho de parto e foi levada às pressas para um estábulo sujo, ao lado da hospedaria, onde deu à luz ao seu primogênito. Na manjedoura onde se colocava o alimento para os animais, o recém-nascido, envolto em panos, foi colocado. 

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Segundo a tradição, a Igreja da Natividade foi construída exatamente no local em que Jesus, o Deus encarnado, veio ao mundo. A Via Dolorosa por onde Jesus caminhou carregando a cruz, o local da crucificação no Gólgota e o túmulo vazio que abrigou seu corpo antes da ressurreição não são reconhecidos oficialmente como autênticos. A pregação de Jesus exaltando o amor e o perdão contrastava com o pensamento bélico das autoridades romanas de conquista pelo poder da espada. 

Os judeus, sua própria gente, rejeitou as suas palavras e não aceitou a sua 1ª. Vinda como Servo, desejava um grande guerreiro que viesse para libertá-los do jugo de Roma. O desejo de satanás era de ver Jesus sempre adorado como uma eterna criança na manjedoura, frágil e insuficiente, dependente da proteção e dos cuidados humanos, sem permitir que Ele pudesse crescer em nós até a plenitude do Deus-Homem, do Jesus crucificado e ressurreto, o Jesus que salva, e nos dá paz e vida em abundância. 

Michael Jackson, o rei do pop, sempre perseguido pelo fantasma autoritário do pai tornou-se, como Peter Pan, a eterna criança revelada ao dar o nome do seu rancho de Neverland (A Terra do Nunca). Como cristãos, temos de discernir se a nossa adoração está sendo para a eterna criança, despida de divindade, que nos levará a terra do nunca, ou para a Criança Eterna, Jesus, que cresceu e morreu em nosso lugar para nos dar a vida eterna, no Céu.       

Mauro Jordão é médico.