Os números da violência no trânsito sempre chamam a atenção, porque infelizmente na maioria das vezes o que vemos é o aumento de colisões e também de vítimas fatais. No feriado do dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, houve quatro mortes na rodovia Ayrton Senna, na altura de Itaquaquecetuba, em curto espaço de tempo. Foram dois acidentes, um atropelamento e uma colisão, ambos com vítimas fatais. 

Nesta edição trazemos os números recentes do Infosiga, o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo, e na maior parte das cidades houve aumento de colisões entre veículos, e na média geral, também de mortes em acidentes no Alto Tietê. 

Os números nos fazem perceber como é longo o caminho a ser percorrido para que a segurança no trânsito seja uma bandeira, não seja apenas de concessionárias de rodovias e do poder público, em meses como o Maio Amarelo, e com ações como a Semana de Mobilidade, que acontece em Mogi das Cruzes. É urgente e necessário que o trânsito seguro seja um dever abraçado por todos, especialmente quem está no volante. 

Infelizmente como em tantos outros segmentos, temos um arcabouço robusto de leis e normas, com o Código Brasileiro de Trânsito, mas mesmo assim muito do que é ali estabelecido ainda não é aplicado no dia a dia dos motoristas. No vale tudo do trânsito, ainda há espaço para ultrapassagens perigosas, em locais não permitidos; os limites de velocidade das vias para alguns são apenas números a serem vencidos, e quando há fiscalização eletrônica, não é incomum freadas bruscas para atender o que a lei determina. 

Outro ponto importante é a mistura fatal entre álcool e direção, e aí está a Lei Seca que completou 15 anos em junho. A lei é rigorosa, mas ainda há quem insista nessa combinação perigosa, que vem ceifando vidas, principalmente de terceiros, não diretamente de quem assume esse risco. Todo trabalho pela segurança no trânsito é importante e precisa ser intensificado para evitarmos tragédias.