O enfrentamento da violência contra a mulher é constante e requer a união de todos. Infelizmente não são raros os casos de feminicídio, assim como a violência não apenas física, mais evidente, como também a psicológica, considerada também de extrema gravidade. 

Na edição de hoje destacamos o protocolo “Não Se Cale”, criado pelo Governo do Estado, buscando capacitar profissionais de estabelecimentos de lazer, como bares e restaurantes, para o acolhimento dessas mulheres vítimas de violência. Uma medida necessária e urgente para oferecer ainda mais segurança para as mulheres, que podem estar onde quiserem, escolher seus próprios caminhos, e deveriam também poder circular nos mais diferentes horários.

Não à toa a iniciativa encontra plena adesão de comerciantes em Mogi das Cruzes, e o mesmo deve ocorrer em outras cidades da região e do Estado. Todos devemos unir forças para atender essas mulheres neste momento de vulnerabilidade, criando protocolos, códigos, uma rede de segurança que mostre para essa mulher que ela pode fazer a denúncia e será devidamente acolhida, sem julgamentos pelo seu comportamento ou a roupa que está vestindo. 

Infelizmente a violência está aí, não enxerga classe social, nível educacional, e vimos o crescimento no período da pandemia, quando o isolamento foi obrigatório. Mais que o enfrentamento no ambiente externo, nos estabelecimentos, precisamos de uma mudança interna. Uma revolução cultural de costumes para que os homens que ainda veem a mulher como objeto, mudem esse mentalidade. A educação é um caminho para percebemos o quanto tem valor a diversidade e a inclusão de todos. 

É importante levar ao pé da letra e não nos calarmos diante de qualquer violência, da falta de respeito a diversidade, que todos possam ocupar seu espaço, da forma que desejarem, sem medo, com a certeza do acolhimento e respeito.