A região vem galgando posições importantes no Estado de São Paulo, como a recente indicação do deputado federal Marco Aurélio Bertaiolli, que foi prefeito de Mogi das Cruzes, para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Ontem foi dia de arguição na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, atualmente presidida pelo deputado André do Prado, também representante do Alto Tietê, e o nome do deputado foi aprovado. 

Bertaolli assumirá um importante papel, em um órgão que é responsável por julgar as contas de órgãos públicos - como Assembleia Legislativa, Câmaras Municipais, Tribunal de Justiça e Ministério Público - e dar o parecer prévio às contas do governador e dos prefeitos. Não são raras as ações do TCE-SP, cumprindo seu papel também como fiscalizador, vistoriando, por exemplo, escolas e apontando problemas, algumas vezes graves a serem corrigidos. 

Um nome forte também na corrida eleitoral de 2024, alguns apontavam a possibilidade que o ex-prefeito concorresse mais uma vez ao Executivo mogiano, Bertaiolli se lança a novos desafios com a posse no órgão estadual. Seu nome vem se fortalecendo, além das fronteiras mogianas. Assim como próprio André do Prado, que assumiu no início deste ano a presidência da Alesp, transformando-se em um aliado das cidades do Alto Tietê junto ao Governo do Estado, como agora somando esforço contra a instalação do pedágio na Mogi-Dutra, previsto em um novo projeto de concessão. 

André do Prado foi o único deputado presente na audiência pública, realizada no dia 18 de agosto em São Paulo, que durou quase seis horas, com dezenas de inscritos para debater um projeto que envolve mais de dez cidades. O evento foi bastante criticado por lideranças de Mogi e região, e uma liminar chegou a suspender os trâmites do projeto, incluindo a audiência. A decisão já foi revista, mas o fantasma do pedágio persiste, e Prado tem se mostrado um importante aliado contra essa iniciativa. 

É fundamental que a região se una não apenas contra o pedágio, mas por demandas conjuntas, como já ocorre por meio do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), e para isso é importante termos nomes fortes em cargos de prestígio no Governo do Estado.