A política permeia nossa vida de diferentes formas e sem ela não seria possível viver em sociedade de forma minimamente organizada. As relações políticas estão no trabalho, quando pensamos nas legislações que regem os diretos e deveres dos trabalhadores e dos contratantes; no consumo, nos impostos que pagamos toda vez que compramos alguma coisa; na saúde, quando usamos um serviço público; na Educação e em tanto outros setores.
Apesar de fazermos partes de todas essas relações, conseguimos participar ativamente do processo político quando elegemos vereadores, prefeitos, deputados, governadores e presidentes, todos entes políticos responsáveis por cuidar das leis, dos investimentos, das políticas públicas, do cumprimento da Constituição, entre tantas outras atribuições.
E temos condições de votar e exercer nossa cidadania a partir dos 16 anos, momento em que vivemos a adolescência e a política, infelizmente, está longe de ser tema de debate e estudo por parte de muitos jovens brasileiros, mas algumas ações para alterar esse cenário existem e precisam ser valorizadas, entre elas o Parlamento Estudantil.
Nesta semana, a Câmara de Mogi aprovou o projeto de decreto legislativo que ampliou de um dia para uma semana a participação dos estudantes no programa promovido na Casa de Leis para apresentar o trabalho legislativo aos alunos da escolas públicas e particulares da cidade.
A proposta apresentada pela vereadora Malu Fernandes (Solidariedade) visa oferecer uma experiência ainda mais completa para os jovens, que têm a possibilidade de apresentar um projeto de lei e viver a experiência de uma sessão ordinária como vereador.
Já passou da hora de encararmos a política de forma muito mais ampla, muito além da rivalidade entre "direita e esquerda". Abrir o leque de discussões é uma necessidade e as demais cidades precisam, assim como Mogi, participar dessa missão.
Se desejamos ter um país desenvolvido, justo e igualitário, é nosso dever preparar nossos jovens para que participem de fato do processo político, caso contrário seguiremos reféns de políticos que sequer entendem o verdadeiro sentido de democracia.