O escritor T. A. Mcmahon fez uma análise quando roteirista, no Irã em 1979, na produção de um filme para Hollywood. Lá testemunhou varias salas de cinema incendiadas por ordem de clérigos muçulmanos, como protesto contra os ensinamentos e a influência da cultura ocidental nos filmes, conteúdos de imoralidade e condutas contrárias aos ensinos do Alcorão. Hoje, nenhum lugar da terra parece estar fora do alcance da mídia. Avatar, o filme mais caro jamais antes produzido, custou um quarto de bilhão de dólares, um mundo fantástico de personagens gerados por computação.
Mesmo afirmando que a Bíblia é a única fonte de fé e prática muitos cristãos estão se distanciando do teísmo clássico para abraçar o enganoso teísmo relacional que põe dúvidas do modo que entendemos a soberania, onisciência e providência de Deus. Sendo cristãos, temos sido assediados por desviados ensinos religiosos de reencarnação, negação da existência do inferno, toda religião leva a Deus e todos são salvos pela cruz de Cristo. Os filmes sempre ensinam teologia.
A série Guerra nas Estrelas, que teve início em 1972, influenciou as nossas duas últimas gerações sobre o caráter e as qualidades de Deus, dando a entender que Ele, o Deus pessoal, seria apenas uma "Força" de energia impessoal e amoral que podia ser tocada e usada, através de técnicas mentais, para o bem ou para o mal. Quando no filme usavam a frase "Que a Força esteja com você", alguns cristãos interpretavam a "Força" como fosse Jesus, isso avilta o seu caráter pelo modo que é apresentado nas Escrituras.
No filme crenças e práticas do hinduísmo se misturam a saga de ficção científica com alta tecnologia que faz propagar o misticismo oriental nas mentes dos jovens ocidentais. Avatar faz o mesmo com o xamanismo. O roteiro do filme acontece no planeta lunar distante, chamado Pandora, habitado por uma tribo de humanóides indígenas chamados Na'vi, cujo vilarejo e terras cobrem a área onde existe precioso metal.
Mauro Jordão é médico.