A regionalização do sistema de regulação dos leitos no Alto Tietê não é uma discussão nova, assim como os problemas que as cidades enfrentam quando precisam de vagas de internação e para isso são obrigadas a recorrer a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), do Governo do Estado.
O assunto, inclusive, voltou a ser tema de debate em Mogi das Cruzes, dessa vez pelos vereadores, que aprovaram nessa semana uma moção de apelo ao governo estadual destacando a importância e a necessidade de se criar um sistema independente para atender os municípios da região.
A demora para conseguir uma vaga e, muitas vezes a mesma não ser na região e sim em São Paulo ou outras cidades do entorno, são as principais reclamações das prefeituras e dos pacientes, que, sem opção, precisam se desdobrar para conseguir atendimento. As famílias, por sua vez, não conseguem visitar seus entes queridos em função da distância, da falta de recurso, entre outros problemas que poderiam ser evitados caso a internação acontecesse no próprio Alto Tietê.
É fato que a região conta com hospitais estaduais estruturados para atendimento da população, como o Luzia de Pinho Melo, em Mogi, e o Regional de Ferraz de Vasconcelos. O prédio anexo construído ao lado do Hospital das Clínicas de Suzano, ao que tudo indica, finalmente abrirá suas portas para os pacientes. Ainda em Suzano, o hospital que está sendo construído com recurso federal começa a se tornar realidade. Isso sem contar as Santas Casas e o Hospital Municipal de Braz Cubas. Mas será que estamos realmente prontos para ter uma regulação própria e contamos com leitos suficientes?
Talvez ainda não seja o momento ideal, mas estamos próximos de alcançar esse patamar e precisamos trabalhar para isso. Com a ajuda de deputados estaduais e federais e também do Consórcio de Desenvolvimento dos Município do Alto Tietê (Condemat), as cidades da região têm condições de se organizar e ter o sonhado CROSS Regional para atender sua população com mais qualidade. Para que isso se efetive, basta vontade política, união, articulação, responsabilidade e muito trabalho.
