O ano é novo, mas as velhas notícias retornam com mudanças não muito agradáveis para a população do Alto Tietê. Uma delas é o reajuste no valor das passagem de algumas das linhas da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Como é de costume, a empresa alega aumento de custos nas linhas sujeitas ao pagamento de pedágio, além da manutenção dos veículos e a disparada no valor do combustível em todo o Estado. A maioria das linhas, porém, teve a tarifa mantida.

O aumento também ocorreu no transporte coletivo de algumas cidades da região. Atualmente se paga caro pela passagem e, não são raras às vezes em que o serviço prestado não está nem um pouco à altura. O que mais se vê são pontos abarrotados por causa do número insuficientes de ônibus. Muitos passageiros reclamam das viagens cansativas e demoradas, isso quando o coletivo não quebra no meio do percurso.

Atrasos, superlotação, falta de veículos, espera sem conforto e risco de violência ou assédio sexual fazem parte da rotina de 65% da população brasileira dependente de ônibus, trem ou metrô, como principal meio de transporte. Conforme dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 28% das viagens e deslocamentos diários dos usuários são por transporte coletivo, sendo que o ônibus representa 85,7% desse total.

De fato o maior prejudicado com o reajuste é o usuário, que já sofre com um transporte ineficiente. Quem depende do transporte público todos os dias sabe o quanto o aumento da tarifa pode afetar a vida financeira, mesmo que seja um valor aparentemente mínimo de R$ 0,70. Por isso, é dever da empresa honrar o serviço prestado e investir sempre na qualidade. Caso contrário, fica difícil justificar aumento diante da insatisfação dos usuários.

Devido à importância do transporte intermunicipal para o Alto Tietê, é fundamental que sejam realizadas fiscalizações para que a empresa siga de maneira rigorosa critérios que visam a qualidade dos veículos e aptidão dos motoristas, com o intuito de manter o bem-estar dos passageiros.