Comprometimentos na saúde mental afetam os sistemas: imunológico, prejudicando a imunidade e as defesas do organismo; o sistema endócrino, aumentando ou diminuindo a produção de certos hormônios, e o sistema nervoso, interferindo na produção de neurotoxinas (relacionadas a doenças como Mal de Parkinson e Alzheimer), entre outros problemas.
Já sabemos que algumas reações fisiológicas como tremores, sudorese, falta de ar, taquicardia, boca seca, dor de barriga, tensão muscular, além de liberação de endorfina e aumento do cortisol, podem estar associadas a emoções da mesma maneira que os problemas de saúde física também podem colocar os indivíduos em uma situação emocionalmente difícil, tornando isso uma engrenagem de perda na saúde física e emocional.
Observem, se estamos ansiosos, não respiramos normalmente. Vamos ficando ofegantes, com respiração cada vez mais curta. Quando percebemos, estamos praticamente sem respirar adequadamente. Esse descompasso precisa ser resolvido e é importante trabalhar a respiração estimulando de forma ativa em nosso corpo. Por isso, pessoas que apresentam condições de saúde graves, como diabetes, asma e hipertensão, devem cuidar ainda mais da saúde mental, pois tudo pode gerar um acúmulo de disfunções físicas e emocionais.
Associadas principalmente a maus hábitos alimentares e sedentarismo, as doenças do corpo estão mais conectadas aos sentimentos e emoções do que podemos imaginar. Raiva, tristeza, mágoa, apego e frustrações são só algumas das emoções que predispõem o organismo a dores, infecções e até tumores. Muitos falam de esgotamento mental, afinal o que é isso? Resumidamente é o esgotamento psicológico, conhecido também como Síndrome do Esgotamento Emocional é definido pela sensação de exaustão mental e física. Ela surge graças à sobrecarga de funções e pela dificuldade em executá-las.
Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e presidente do Conselho Municipal de Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD).