Ajo só pela via do exemplo! Surpreendeu-se? Por isso nada tenho a dizer, a quem quer que seja. Mesmo assim, sem valer a pena, o conviva que diz, me admira, começa a se sentir especial porque, em termos de verdade, que jamais a tive e terei no futuro, sempre será algo válido para dizer a alguém. Ainda mais aos desafetos de plantão buzinando que escrevo de uma forma, às vezes, "heterodoxa".
Para esses, Platão afirmava que o conhecimento é um círculo e o que está fora do círculo é o que se desconhece. Em geral, todos os mancomunados com a certeza jamais perceberão que possuem um círculo pequeno, e divorciados do que desconhecem. Os de certeza absoluta um ponto, porquê não! Capazes de poder passar pelo crivo da classificação, pensem aí: o especialista e o generalista. Este último sabe quase nada, sobre tudo. O especialista sabe tudo, sobre quase nada, circunstância que, felizmente, nunca impediu ninguém de escrever livros, crônicas, contos e poesias que seriam julgados por alguém pouco inclinado à leitura sistemática.
Os leitores, que me obsequiarem com seu interesse e eu, teremos apenas duas coisas em comum: falamos a mesma língua (bom, mais ou menos) e estamos vivos, pelo que não me resta alternativa senão falar do único assunto que ambos dominamos: o de ter certeza de estar vivo! O vizinho da esquerda de onde moro, sem alarde, acha que: "Isso de estar vivo ainda um dia acaba mal". Caindo na mais sonora das risadas. Ele descendente de orientais acho, que tem carradas de razão, como se não levássemos a vida toda carregando o fantasma da extinção ao final de tudo.
Por isso, quero sempre reservar algo de irônico sobre a vida. Só há um problema: percebi que não sei grande coisa sobre a Vida. Não me ofereceram e por isso não li, o Manual do Usuário. Com a informação em todo lugar, reservo-me do direito de excluir as muitas funcionalidades que não uso, seja por desconhecimento, seja por medo de sentí-las intragáveis. Sou o que sou, não sabia!