Psicopata, termo pesado e que comumente é atribuído a pessoas que, pela insensibilidade de sua conduta, provocam sofrimento e dor em outras, seja pela condição a que as submetem ou, por meio de engodo, as conduzem, lamentavelmente e por vezes, à morte.
Especialistas informam ser um distúrbio mental difícil de ser detectado, podendo o seu portador comportar-se normalmente e colhendo, com facilidade, a simpatia de outras pessoas, escondendo, com isso, um caráter manipulador e desprovido de sentimentos e remorso. É incapaz de sentir empatia pelas vítimas, bem como pelos seus familiares.
Uma pessoa pacata, com família constituída e emprego estável. Bastou sua prisão para um ser cruel, egocêntrico e impulsivo.
Meticuloso e calculista, com as pupilas tangenciando as bordas superiores dos seus olhos, trafegava com seu veículo pelas ruas do Distrito Federal em busca de vítimas, em especial nos pontos de ônibus e foi assim que, no dia 23 de agosto, Marinésio, de forma brutal, tirou a vida da jovem Letícia.
As filmagens de câmeras de segurança, indicando o exato momento em que a jovem adentrou no carro de Marinésio, foram determinantes para o sucesso das investigações não só do caso, mas também de outros tantos que, por várias evidências, convergem na pessoa do criminoso.
Como uma cebola, camada por camada, os policiais extraíram de Marinésio, dos até agora 19 crimes atribuídos a ele, detalhes de dois confessados, afirmando que as vítimas haviam aceitado carona. Uma forma menos grave do que ter dito que levou elas ao engodo ao ter se apresentado como transportador alternativo, modalidade comum em muitas cidades no país. Só assim, mediante a mentira, podemos entender o porquê de duas pessoas esclarecidas terem entrado no veículo do algoz, fato esse que nos remete ao famoso caso "Maníaco do Parque", ocorrido na década de 90, em São Paulo.
Orientações várias tentam ajudar na identificação de psicopatas, contudo a prudência e a cautela ainda são as melhores formas de evitar a vitimização.