Eu não sou economista e, com certeza, não sou um profundo conhecedor de economia, nem devo ser um médio conhecedor, quando muito devo ser um medíocre conhecedor. Não me aventurarei a escrever sobre economia, o que pretendo aqui é, apenas, tecer alguns comentários sobre o comportamento humano.
É inegável que o modelo capitalista triunfou sobre o modelo socialista no mundo. Talvez não enquanto ideologia, mas sim quando tratamos das experiências práticas.
Alguns podem sustentar o triunfo do capitalismo relacionado ao egoísmo humano, outros podem defender que o ser humano é apaixonado por riquezas.
Não se trata disso, o que o ser humano busca é a satisfação de suas necessidades. Toda a atração por riquezas é derivada da consciência de que as riquezas podem ser trocadas pela satisfação.
A afirmativa de que as necessidades são ilimitadas não é verdadeira. O capitalismo, esse sim, foi (e é) hábil o suficiente para criar uma sensação de necessidades ilimitadas, aqui o motivo para o sucesso do modelo capitalista.
Basta criar a sensação de necessidades ilimitadas, juntamente com possibilidades, também ilimitadas, de satisfação dessas necessidades, sempre disponíveis para serem trocadas por riquezas, o resto fica por conta dos desejos humanos. O ser humano buscará acumular riquezas ilimitadamente.
Esse texto não objetiva qualquer juízo de valor, seja a favor ou contra, capitalismo ou socialismo. Longe disso. A intenção é provocar uma reflexão. Será que precisamos mesmo de tudo isso? Celular novo todo ano? Carro novo todo ano? Tudo cada vez mais moderno e luxuoso?
Podemos ir além, podemos ser mais. É possível filtrar as mensagens, que nos bombardeiam, para perceber que não existem todas essas necessidades. É possível diferenciar as necessidades reais das necessidades ilusórias, mas é necessário estar atento.
Por outro lado, os apaixonados pelo capitalismo podem saber que: crie uma necessidade e lhe oferecerão riquezas.