Sentar na varanda e olhar para o céu, admirando uma paisagem. Esta cena deve receber um novo personagem nos próximos anos. Dividindo espaço com pássaros e aviões, os drones prometem invadir os céus de todo o mundo. A tecnologia está avançada e o consumidor já está com aquele desejo que torna qualquer produto uma nova tendência.
Para especialistas, os drones estão hoje como os computadores residenciais estavam no final da década de 1970, ou seja, prestes a revolucionar a maneira das pessoas se relacionarem e viverem. Alguns dizem que as Olimpíadas no Brasil pode ser o 'start' para o uso destes pequenos aviõezinhos. Além disso, uma legislação para o uso do produto estaria saindo do forno e empresas investindo pesado na produção de vários modelos.
Apesar dos questionamentos, da mesma forma que os computadores residenciais, da Internet, da televisão digital, dos smartphones, do Facebook, ninguém terá o poder de conter essa mudança. É praticamente certo que, em menos tempo do que imaginamos, as pessoas estarão controlando seus aviões em praças, na praia e nas ruas dos condomínios.
Se o Facebook, para alguns, é um meio do sistema para fazer com que as pessoas se exponham cada vez mais, os drones deverão contribuir para o monitoramento das vidas, como previa o livro futurista 1984, do escritor George Orwell, lançado em 1949, onde talvez pela primeira vez foi usada a palavra "big brother".
À princípio, os drones têm grande eficácia para monitoramento de fronteiras dos países, para o acompanhamento de plantações, busca por criminosos, entre tantas ações positivas. No entanto, o grande interesse mesmo vem das pessoas comuns, que querem brincar com o avião e, se possível, conseguir bons flagrantes da vida alheia.
Como de costume, o brinquedo já está nas mãos de muitas pessoas, mesmo sendo proibido aqui no Brasil. Por enquanto, o País permite o uso do equipamento apenas para a realização de pesquisas, desenvolvimento de produtos, treinamento de pilotos e no combate à dengue.
Os drones são vendidos no mercado da rua Santa Ifigênia, na capital paulista, e em diversos sites da Internet, sem qualquer fiscalização. Nos Estados Unidos, já se falam em mais de 700 mil drones vendidos em 2015, e que o equipamento movimentará bilhões em todo o mundo na próxima década.
Com certeza, chegará um ponto em que brincar com um drone, nisso inclui a filmagem de paisagens e flagrantes mundo à fora, se tornará uma coisa chata e o produto será ultrapassado por uma nova tecnologia, o que deve levar alguns anos ainda.