Dentro das várias crises pelas quais passa o Brasil, a principal é a da falta de caráter, da vergonha na cara.
Preocupados em garantir o seu filão no perene jogo pelo poder, os pretensos líderes deste país-continente, aviltam os cargos para os quais foram eleitos ao pensarem de maneira tão pequena e se portarem ainda pior, de forma tão rasteira e asquerosa.
No nordeste, nossos irmãos menos favorecidos experimentam a evolução de doença que, diz-se, pode se espraiar para outras regiões.
Conduzida pelo vírus zika, a microcefalia tem feito vítimas a todo instante.
Convivendo com o perigoso Aedes aegypti, mulheres grávidas infectadas têm dado à luz crianças com microcefalia, anomalia em que a cabeça e o cérebro do bebe são menores que os normais, trazendo sequelas graves que os acompanharão perenemente.
Basta ser possuidor de tênue sensibilidade para se imaginar o drama dos que passam pelo problema, e, mais que isso, daquelas tantas famílias, que trocando a alegria da espera pela apreensão do futuro, depositam as esperanças nos escolhidos para dirigirem os órgãos públicos encarregados de combater a doença.
Ledo engano, porém, cometem os que acham que isso irá acontecer!
Há fatos mais importantes a merecerem atenções neste momento!
Pavonear-se de imperadora na vibrante Paris, em conclave que reuniu os maiores, por certo é uma delas; tramar nas madrugadas a queda deste ou daquele, criar mecanismos espúrios que permitam a manutenção de ladrões em postos de nomeada, outra.
No planalto, e adjacências, o que menos importa é o povo!
E, para que não peque pela maledicência, adianto que, ao menos, uma providência foi tomada: diminui-se a circunferência do crânio dos que estão sujeitos ao mal. Ele, agora, é constatado não mais naqueles que nascem com 33 centímetros, e, sim com 32.
Em outras palavras, mentira bem a gosto dos políticos: estará se alcançando sucesso, as estatísticas da incidência diminuirão, pese a catástrofe continuar!
Nau sem rumo, filho bastardo, pobre Brasil!