Deus não cria algo que não tenha significado, no caso, o mal. Deus não se agrada do mal, mas permite ser utilizado pelas potestades malignas contra as suas criaturas e contra a sua criação, como também as armas do ódio da violência, desenvolvidas pelos seres humanos, a fim de destruir os seus semelhantes, os seus bens e a própria natureza; o mal usado, como um chicote de Deus, para castigar, ou mesmo disciplinar, o homem devido a sua incredulidade e corrupção moral e espiritual. Deus, sendo onisciente, não necessitava provar Jó para saber se ele se manteria fiel ou não. A terrível provação infligida a ele pelo maligno se fez porque não tendo onisciência, como Deus, necessitou usar do mal para provar se Jó apostataria da sua fé, porém, Jó venceu demonstrando seu amor, convicção e segurança em Deus e, ainda, afirmou: "Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma." E nem blasfemou contra Deus, como Satanás esperava. No final do livro de Jó está escrito que o Senhor mudou a sua sorte dando-lhe em dobro de tudo o que antes possuíra. O Reino de Satanás está alicerçado em três maldades que objetivam destruir as três virtudes do Reino de Deus que seriam o amor, a fé e a esperança. Elas seriam: a incredulidade que semeia no coração dos homens o ateísmo e o evolucionismo, negando, assim, a revelação bíblica da Criação e da existência de Deus; os prazeres da carne que faz do amor mercadoria de sexo livre comprada pelo dinheiro somado ao poder e por último a idolatria do EU egoísta, amante de si mesmo, que busca, com soberba, reinar sobre todos para ser servido e jamais servir, contestando a ordenança divina: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e o teu próximo como a ti mesmo". Na carta aos Romanos, Paulo ainda nos adverte: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem". Porque o maior bem que possuímos é Deus.