Suzano agora já tem data para voltar a contar com um hospital particular depois de quatro anos. O Grupo Samed oficializou ontem o que já havia sido divulgado: vai assumir o prédio do extinto Hospital São Sebastião, que até junho passado abrigava a Unidade II da Santa Casa. O prazo é de dois meses para o início dos serviços com um pronto atendimento. A partir de janeiro de 2016 passa a funcionar integralmente e levando o nome de Hospital Santa Maria.
Não restam dúvidas que a notícia é um alento para a população que não tinha nenhuma outra referência na cidade, senão a própria Santa Casa e o Pronto-Socorro Municipal (PS). Ainda que seja uma unidade privada, se torna uma opção para as pessoas, ainda mais levando-se em consideração que, atualmente, é mais comum as pessoas terem planos de saúde.
Claro que toda essa situação poderia ter acontecido há muito tempo. Foram cerca de dois anos de negociação entre o Grupo Samed, os proprietários do imóvel e a Prefeitura de Suzano, responsável pela intervenção na Santa Casa. Talvez, se não tivesse havido tanta insistência em não oficializar o fechamento da Unidade II, o Hospital Santa Maria já estaria atendendo com toda a sua capacidade.
E antes que alguém possa se manifestar no sentido de que se trata de um hospital particular, é bom lembrar que duas unidades públicas também estão a caminho, uma estadual, que deve ser aberta nos próximos meses, e uma federal, ainda em projeto. Além disso, mesmo com a Unidade II funcionando no prédio, o local sempre foi referência em atendimento privado e de convênios. É justamente isso que se esquecem aqueles que andam propalando na cidade que a prefeitura "deixou" que um hospital público fechasse para dar lugar a um particular.
Este foi um dos temas do protesto realizado ontem por integrantes do PT. É fato notório, inclusive na gestão do ex-prefeito Marcelo Candido (PT), que ninguém que não tivesse plano de saúde conseguia atendimento na Unidade II. Se alguém lá aparecesse querendo ser atendido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) era "convidado" a se dirigir até a Unidade I.
O novo hospital é uma realidade. Uma cidade do porte de Suzano não podia ficar tão desguarnecida. As autoridades, sem mais a Unidade II, poderão se concentrar em melhorar a Unidade I e os postos de saúde. Todo mundo sairá ganhando. Tomara que o futuro hospital tenha condições de se manter e garantir serviços por mais tempo que seus antecessores.