Na tarde de anteontem, um metalúrgico de 21 anos foi autuado em flagrante por "estupro de vulnerável consumado" e encaminhado para a cadeia pública, depois que investigadores do Setor de Homicídios (SH) de Mogi das Cruzes descobriram que a estudante de 11 anos - que estava desaparecida desde o dia 5 deste mês -, estava morando com ele no Jardim Dona Benta, em Suzano.
Os policiais civis Marco Antônio e Terezinha investigavam o caso, quando ao entrarem em contato com os pais da garota souberam que ela tinha um "namorado". Foi feito contato com ele, pelo número de telefone que constava no boletim de ocorrência do desaparecimento, e os investigadores foram até o endereço, que ele próprio forneceu ao atender a ligação. Lá, o metalúrgico admitiu que morava com a menina, pois ela era sua "namorada" - fato confirmado pela própria vítima, que afirmou ter comunicado aos pais que iria morar com ele. O rapaz disse à polícia que os dois estavam juntos há duas semanas, mas a criança afirmou que o "namorava" há um mês. O jovem contou ainda que ela tinha dito ter 16 anos e que só há alguns dias soube a idade real. Mas frisou que assumia a responsabilidade, pois pretendia "se casar com ela".
A menina, por sua vez, descreveu aos policiais que o conheceu na casa de uma amiga, que falou inicialmente ter 16 anos e que sua mãe havia lhe afirmado que iria "pedir autorização ao juiz para que se casassem".
A delegada Silmara Marcelino, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Suzano autuou o metalúrgico em flagrante pelo crime e salientou que a legislação desconsidera o consentimento da vítima menor de 14 anos, nesses casos. (C.I.)