Nos últimos tempos foram inseridas na minha rotina algumas idas (e vindas) a hospitais. Um único hospital para ser exato. Os momentos é que foram vários. Também foram variados.
De formas diferentes eu estive no hospital. Conforme a variação da estadia, também é diferente a experiência.
Quando você vai ao hospital para fazer um exame, talvez você esteja apreensivo por nunca ter feito tal tipo de exame ou, se já for experiente, pode estar muito tranquilo com a realização de algo rotineiro. É certo que você estará ansioso pelo resultado do exame.
Após o exame, existirá o momento da consulta médica, geralmente um momento de revelações, que podem ser muito felizes ou muito tristes.
Voltamos, então, aos resultados dos exames, pois, na maioria das vezes, eles é que dão o tom da consulta médica. E você ouvirá atento todas as recomendações do médico.
Se houver a necessidade da realização de uma cirurgia, haverá, então, o momento de experimentar um turbilhão de emoções. Você se sentirá muito ansioso e com medo, durante os dias e as noites não pensará em mais nada. Contudo, o mais importante é que coragem, esperança e fé na cura prevaleçam.
A cirurgia é um momento de muita violência. Eles cortam, machucam e te reduzem a quase nada, mas tudo feito com muita devoção e carinho para que o doente fique sadio.
Depois, você ficará internado, será hóspede do hospital. As noites são mal dormidas, nada tem a mesma graça e o maior desejo é estar de volta em casa.
Muitos profissionais auxiliam, mês médicos supervisionam, os enfermeiros cuidam e os fisioterapeutas se preocupam com o reestabelecimento das capacidades físicas. Você suporta, aguenta pelo tempo necessário, melhora e vai para casa.
Entre idas e vindas ao hospital, algo é muito marcante. Existe uma troca de olhares quando pacientes se cruzam, algo único, uma comunicação ímpar e sem qualquer troca de palavras. Algo que pode ser traduzido em: "eu sei pelo que está passando, estamos no mesmo barco. Sejamos fortes !".