Os consumidores confirmam o crescimento da procura por serviços de consertos, reparos e ajustes. Para alguns, levar um produto para ser arrumado, apesar do custo existente, é muito mais vantajoso que adquirir um novo. Já para outros, customizar os próprios itens e transformá-los em peças únicas é ainda mais favorável.
A supervisora de Call Center de Mogi das Cruzes Isabel Cristina Roque, de 21 anos, contou que passou a optar por consertar roupas e calçados após uma dieta que fez com o seu marido, e admitiu que dessa forma encontrou um caminho para fazer economia. Ela contou que os dois emagreceram muito. "Foi então que eu percebi que a cada cinco ou seis peças que eu mandei apertar, o custo equivalia ao valor de apenas uma nova. Ou seja, uma grande vantagem, pois vale a pena consertar produtos de qualidade", revelou.Além dessas peças, Isabel usa o serviço de conserto com eletroeletrônicos e até com eletrodomésticos. "Se o reparo vai custar em torno de 10% a 20% do valor de um novo, eu topo, mas se passar muito disso, opto por comprar outro", avaliou. E garantiu: "Não jogo fora se é algo de qualidade nem parto para comprar direto. Sempre verifico as possibilidades existentes na cidade."
Já a estudante e moradora de Suzano Larreny Ramos, 21, aderiu à moda da customização para driblar a crise. Ela, que já reaproveita e transforma peças de seu guarda-roupa há um tempo, percebeu que a prática ajuda a economizar. "Fui percebendo que fazer isso me trazia roupas exclusivas, bonitas e muito baratas ou até sem custo, o que é maravilhoso", contou.
Ela ressaltou que precisa usar a criatividade para montar peças que se encaixem no seu estilo, mas, na maioria das vezes, não precisa de muita coisa para deixar tudo ao seu gosto. "Às vezes, eu consigo fazer peças melhores do que algo comprado em lojas. Reaproveito roupas que 'saíram da moda' ou que eu já não gosto mais. É possível reutilizar quase tudo", frisou Larreny.