Agendada por movimentos sociais e apoiada por partidos de oposição ao governo federal, no dia 16 de agosto haverá manifestação pública contra a Presidente da República. Pede-se o impeachment, a renúncia ou novas eleições.
O brasileiro está insatisfeito com a atual situação. Há um sentimento geral de mudança, com o objetivo de melhorar. Quem está no Poder prega que o processo de impeachment é um golpe contra democracia e que fere a soberania popular.
O Brasil já viveu esse processo. Um presidente legitimamente eleito pelo povo, antes de seu julgamento renunciou. Quem hoje é contrário ao impeachment foi quem mais o defendeu no passado. As manifestações populares contrárias ao governo, que hoje é motivo de zombaria, eram enaltecidas e estimuladas. Os "caras pintadas" obrigaram o Congresso Nacional a julgar impedido o então presidente da República.
As manifestações alcançaram todas as cidades do País e indicaram claramente qual era a vontade popular. Esse movimento não foi antidemocrático. Os de agora também não. Com a renúncia e depois o impeachment, o vice-presidente assumiu o cargo. Todas as instituições democráticas foram preservadas e o Brasil seguiu sua vida normalmente.
Os brasileiros não são obrigados a continuar com um governo que rejeitam. Quem elegeu também tem o direito de pressionar os congressistas para que julguem o impedimento do eleito. Não há nenhum drama, senão aquele de quem corre o risco de impedimento.
O dia 16 de agosto de 2015 será mais um termômetro do grau de insatisfação popular. Hoje dia 13, há manifestação agendada pela Força Sindical contra o desemprego; no dia 20, nova manifestação, essa em favor do respeito à democracia, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). É disso mesmo que o Brasil precisa, de respeito à democracia, que nada mais é do que o acolhimento da vontade popular.