Definitivamente novembro não é o mês dos empregados. Duas péssimas legislações vão retirar ainda mais direitos dos assalariados e segurados compulsórios do INSS. A primeira é a emenda constitucional, popularmente conhecida com a reforma da Previdência.
Para receber a aposentadoria integral será necessário contribuir por 40 anos. O benefício será pago de acordo com a média das contribuições, ou seja, aquele salário magrinho que todo mundo recebe quando começa a trabalhar vai puxar a média da aposentadoria para baixo. Na prática quase ninguém vai receber aposentadoria integral e se receber vai ser baixa. A pensão por morte será reduzida, o atual governo não poupou nem os órfãos e viúvas.
Além da maldade da Previdência, a MP da Carteira Verde Amarela cortou mais direitos. Ciente que uma nova reforma não passa em bloco no legislativo, pois a primeira de 2017 não gerou empregos, mas só desgaste político, o governo, a cada nova MP, retira mais direitos. Trabalho aos domingos e feriados, aumento da jornada de seis para oito horas e aos sábados para bancários e a redução no reajuste dos débitos trabalhista não pagos na Justiça.
Obrigar empregados a trabalhar em feriados e domingos de forma geral, implica permitir que qualquer atividade, com uma indústria ou um escritório, exija que seus empregados trabalhem em feriados e domingos pagando em dobro o dia.
Muitas atividades já prevêem isso, mas são peculiares, como hospitais, hotéis e restaurantes e não qualquer empregado. Os bancos lucram bilhões de reais, ano após ano, cobram juros extorsivos e foram beneficiados pela reforma com o aumento da jornada de seus empregados e a possibilidade de que também trabalhem aos sábados, o lucro será ainda maior.
E a cereja do bolo foi reduzir o índice de correção das dívidas judiciais trabalhistas, quem foi condenado e não pagou fez um excelente negócio a correção caiu pela metade. Mais uma obra do secretário Rogério Marinho o grande cabo eleitoral da esquerda brasileira.