O índice de casos de dengue em Mogi das Cruzes e em Suzano está em constante declínio desde o começo deste ano. Os números devem surpreender os especialistas da saúde, isso porque, o mês de abril faz parte da época em que os casos aumentam com maior frequência em razão das condições climáticas, como as altas temperaturas somadas ao relaxamento da população com o fim do período de chuvas. Apesar da diminuição revelada em abril, a comparação dos índices do primeiro trimestre de 2019 com o mesmo período deste ano indica o aumento nos casos da doença.
Nos três primeiros meses do ano passado, 16 moradores de Mogi receberam o diagnóstico positivo para a dengue, enquanto no primeiro trimestre deste ano a quantidade total subiu para 19. O crescimento total corresponde a 6,2%. Em Suzano o aumento foi ainda maior, de 11%, já que os registros passaram de 17 para 19 no primeiro trimestre de 2019 e deste ano.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mogi, em abril apenas um caso de dengue foi registrado na cidade e este foi, portanto, o menor índice deste ano. Em janeiro, 12 pessoas foram picadas pelo mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da doença. Em fevereiro, cinco pessoas contraíram a dengue e em março o número subiu para sete.
Já em Suzano, o ano começou com uma quantidade baixa em relação a Mogi. Em janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde documentou nove diagnósticos positivos da doença, caindo para um em fevereiro. Em março, o índice aumentou novamente para nove confirmações da dengue. Por fim, no mês passado apenas um suzanense contraiu a doença.
A notícia positiva deve servir de incentivo contínuo a toda a população durante esta quarentena, quando as medidas de prevenção podem ser intensificadas. Cerca de 85% dos focos de proliferação do mosquito encontram-se dentro dos imóveis, de acordo com o Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses (NPCA) de Mogi.
Por este motivo, neste período de distanciamento social pelo cumprimento da quarentena que busca a diminuição da propagação da Covid-19, é importante que as pessoas se atentem mais aos focos de dengue, já que em grande parte do tempo todos os moradores permanecem em casa.
O Aedes aegypti nasce e se desenvolve na água, por isso é importante eliminar tudo o que pode acumular água, como garrafas, pneus ou tambores. Os pratos que são colocados na base dos vasos de planta devem ser completos com areia, para evitar que se acumule água da chuva, por exemplo.
*Texto supervisionado pelo editor.