O anúncio da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) de que vai propor a alteração da localização da praça de pedágio, primeiramente designada ao km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88), em nada deve alterar as intenções do movimento "Pedágio Não". Em entrevista à reportagem, um dos líderes do grupo, o professor Paulo Bocuzzi, reafirmou que a proposta de pedágio, sugerida pelo departamento estadual, não é justificada em qualquer ponto das vias mogianas, inclusive na rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), que não receberá a esperada duplicação.
"Nosso movimento é Pedágio Não. Começamos nos opondo ao pedágio na Mogi-Dutra, mas, o movimento cresceu e hoje analisamos que o posto de cobrança é incabível em qualquer local da cidade", confirmou o professor Bocuzzi, informando ainda que as manifestações e a luta do movimento contra o posto de cobrança continuarão até a proposta ser cancelada pelo departamento.
A justificativa do grupo se mantém desde o início e se baseia na premissa que a principal reivindicação dos mogianos, a duplicação da Mogi-Bertioga, foi descartada pelo departamento devido seu alto custo. "Portanto, se não há investimento na região, não há motivo para continuar com a ideia do pedágio em qualquer ponto da cidade", concluiu.
A manifestação de hoje, com início às 10 horas no posto de combustíveis Itamaraty, na Mogi-Dutra, acontecerá normalmente sem qualquer alteração após o anúncio. O grupo realizou no começo da noite de ontem a divulgação do movimento, na praça Kazuo Kimura, a praça do Habib's.
A Artesp informou estar ciente das demandas e preocupações da região de Mogi e irá propor uma nova localização para a praça, com tratamento tarifário diferenciado, sem anunciar se o posto de cobrança deixará de ser planejado para a Mogi-Dutra. "Com todas as possibilidades técnicas viáveis, que garantam segurança, investimentos e modicidade tarifária, os estudos serão finalizados de maneira a garantir a realização das obras previstas no programa", concluiu o departamento.