A paixão pela arte de produzir a bebida que é servida na roda de amigos, no final do expediente e também para acompanhar aquele jogo esperado, se dá pelo amor de fazer aquilo que gosta. Mas, somente gostar de beber e criar cerveja não garante o futuro de ninguém no mercado competitivo. Para começar, trocar as panelas de casa por tanques de uma fábrica própria demanda considerável investimento.
O cervejeiro Mikhail Ganizev, proprietário da fábrica de cerveja ZEV, em Suzano, explicou que a paixão começou por um hobby e foi evoluindo até se tornar um grande negócio. "Comecei neste ramo no final de 2013 e, desde aquela época, já havia passado por diversos problemas para ter meu negócio mas, em 2017, eu encontrei um terreno em Suzano e começamos a projetar uma cervejaria'', contou.
A fábrica, que fica na rodovia Índio Tibiriçá, comemorou neste mês dois anos de existência, produzindo cerca de 5 mil litros por mês, com nove estilos de bebidas diferentes.
Os produtores Celso Junior Soares, o Jota, de 34 anos, e Horácio José Moreira, 38, também começaram por hobbies e perceberam que o segmento tinha potencial para se transformar em negócio, no entanto, ambos trocaram o Alto Tietê, que está começando no ramo, por locais mais consolidados. Jota, que morava em Arujá, é produtor da cerveja L'jaica, que atualmente é produzida no município de Lages, na região sul do país. A bebida, que conta com dez estilos diferentes, é produzida em diversas etapas, como a mosturação (extração do mosto para a posterior etapa da fermentação), circulação, clarificação, fervura e resfriamento, na busca pelo melhor aspecto e sabor. Segundo Jota, o clima do sul do Brasil contribui na produção de cervejas, que precisam de um maior resfriamento, pela sua baixa temperatura (N.T.)
