Fundada em março de 2009, a banda Lira São José Operário é a única corporação musical ainda existente de Mogi das Cruzes. Formada por frequentadores e amigos da Igreja São José Operário, o grupo recebe apoio da casa religiosa, que coloca à disposição o seu salão paroquial para apresentações e duas salas para que a banda ofereça aulas de música gratuitamente aos mogianos. O encontro musical ocorre todas as quintas-feiras a partir das 18h30. A igreja está localizada na rua Plínio Marquês, 200, no Mogilar.
"Tanto eu quanto outros integrantes da banda Lira participávamos da Banda Santa Cecília, mas ela foi se acabando e sentimos necessidade de formar um outro grupo para dar continuidade a esse trabalho. Ter uma banda referência de uma cidade é fundamental para a cultura local", conta Olimpio Ferreira Gomes, um dos fundadores e coordenador musical da equipe.
Para manter vivo o espírito de uma banda e preservar a riqueza cultural do Brasil, a Lira se apresenta em diversos eventos de tradição da região e datas comemorativas. "No Natal, por exemplo, sempre nos apresentamos em praças de Mogi e Guararema. A presença de uma banda em eventos como estes é essencial", completa.
Nas apresentações do grupo o que não falta é diversidade para agradar a qualquer tipo de público. "Banda é isso, é estar preparada para agradar a todos e cantar todos os ritmos. Tem que ser completo. Nosso repertório é especial para cada evento, tocamos valsa, sertanejo, dobrado, MPB. Temos que estar preparados para tudo", explica. E toda essa reverência vem trazendo bons frutos para a corporação musical, que possui público fiel e agrada por onde passa. "Nunca fomos em um lugar que não voltamos. Sempre somos bem recebidos e isso é gratificante, mostra que estamos no caminho certo", comemora Gomes.
E na busca por crescimento e novo público, a Lira aposta na troca de experiências entre as gerações. "Antes, logo que iniciamos, éramos todos amigos e pessoas mais velhas. Agora, cada vez mais, entra gente nova e esse encontro de gerações está sendo importante. Todos têm algo para ensinar e aprender. A música é evolução e renovação. Nosso maestro é novinho, justamente, porque queremos atingir os jovens também", ressalta o fundador.
Mostrar a importância cultural da banda para a juventude é um dos ideais da equipe que hoje conta com o talento de cerca de 22 músicos de Mogi e região. Desde a sua formação a banda já recebeu muita gente. "Muitas pessoas já se foram, o pessoal mais velho, mas muitos jovens chegaram. Recebemos todos que se interessam por música e estão dispostos a fazer parte do nosso trabalho", diz Gomes.
Interessados podem entrar em contato com o fundador ou comparecer nos encontros e nas aulas realizadas às quintas-feiras na Igreja São José Operário.
Os eventos variados também marcam a trajetória da banda, que além de marcar presença em tradicionais festividades da cidade, apresentam-se em eventos privados. "Como toda banda de qualidade, nós somos ecléticos. E o nosso único intuito é emocionar e tocar o público presente. Sempre pedimos uma semana para organizar o repertório e fazemos qualquer evento", afirma.
Em 2016 o que não faltam são projetos, um CD repleto de ritmos e estilos musicais está nos planos da banda mogiana.(Estagiária sob supervisão do editor)