Pela primeira vez desde 2007, nem Lionel Messi e nem Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. O responsável por interromper a longa hegemonia da dupla e faturar o prêmio foi o croata Luka Modric, que recebeu a honraria na festa The Best da entidade realizada ontem, em Londres.
Modric deixou para trás os outros dois finalistas, o próprio Ronaldo e o egípcio Mohamed Salah, para ficar com o troféu pela primeira vez na carreira. Aos 33 anos, aliás, esta era a primeira vez que o croata aparecia entre os três melhores do mundo.
"É uma grande honra, um sentimento lindo estar aqui com este troféu. Antes de mais nada, quero dar o parabéns ao Cristiano e ao Salah pela grande temporada. E tenho certeza que eles terão a chance de lutar novamente pelo prêmio em breve. Este troféu não é só meu, é dos meus companheiros no Real, colegas na Croácia e meus técnicos. Muito obrigado a todos", declarou o volante.
De fato, Modric teve uma temporada marcante em 2017/2018. O croata foi fundamental na campanha de mais um título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, mas, principalmente, levou seu país a uma campanha histórica na Copa do Mundo da Rússia. Afinal, a Croácia surpreendeu, chegou à final pela primeira vez e só não foi campeã porque perdeu para uma inspirada França, que venceu por 4 a 2.
Tal desempenho na temporada já havia dado a Modric dois prêmios individuais importantes. Ele foi eleito o melhor jogador da Copa, apesar da derrota na final, e também foi escolhido o principal atleta da Uefa, deixando para trás justamente Ronaldo e Salah.
Na premiação de ontem, Modric recebeu 29,05% dos votos totais de jornalistas, torcedores, técnicos e capitães das seleções dos países filiados à Fifa. Cristiano Ronaldo obteve o segundo posto, com 19,08% e Salah somou 11,23% dos pontos.
Atual bicampeão da premiação e dono de cinco troféus no total, Ronaldo viu pesar contra si a fraca campanha de Portugal na Copa. Se foi um dos destaques do título europeu do Real Madrid, o astro teve bom desempenho na Rússia apenas nas duas primeiras partidas.
Marta, de novo
A atacante brasileira Marta foi eleita ontem a melhor jogadora do planeta pela sexta vez, um recorde entre mulheres e homens. A jogadora do Orlando Pride, dos Estados Unidos, desbancou a norueguesa Ada Hegerberg e a húngara Dzsenifer Marozsán, ambas do Lyon, da França. A brasileira não levantava o troféu desde 2010. "Realmente estou sem palavras. É um momento fantástico. Isso representa muito para mim", disse Marta.