O Programa de Indicadores de Saúde na Escola (PISE), realizado pela Secretaria de Educação de Mogi das Cruzes, atendeu 18.387 alunos neste ano. A iniciativa, coordenada pelo Departamento de Alimentação Escolar (DAE), visa mapear o estado nutricional dos estudantes da rede municipal de ensino, adequando o cardápio, se necessário, e sendo referência para os projetos de Educação Alimentar e Nutricional (EAN).

Desde seu início, em 2021, o PISE já beneficiou mais de 39 mil alunos. "Este programa ampliou a perspectiva da rede municipal sobre o estado nutricional dos estudantes e serviu como base para projetos com foco na alimentação saudável”, afirmou a secretária de Educação, Marilu Beranger. “Parabenizo a todos os profissionais que se dedicaram a este trabalho, contribuindo para o futuro das nossas crianças”, completou.

Pelo PISE, a equipe do DAE vai até as unidades escolares, onde pesa e mede a altura das crianças para calcular o IMC (Índice de Massa Corpórea), identificando casos de baixo peso, sobrepeso e obesidade. O trabalho também avalia a prática de atividades esportivas e os hábitos alimentares dos alunos.

Em 2024, foram avaliados os alunos das creches e a equipe do DAE retornou às escolas do Programa Escola de Tempo Integral (ETI). "Notamos um aumento na conscientização sobre o programa, tanto por parte das escolas, quanto do público", declarou a nutricionista responsável pelo DAE, Bruna Mariana Braga. "Este ano, nas escolas de período integral, a familiaridade com o programa foi ainda mais evidente, facilitando e acelerando o processo de coleta de dados", finalizou.

As avaliações do PISE apontaram um cenário positivo, mostrando que 73% das crianças das creches e 66% dos alunos das escolas de ETI apresentaram estado nutricional adequado, classificado como eutrofia. Com base nesses resultados, o programa aprimora as estratégias do departamento, visando ações para incentivar hábitos alimentares mais saudáveis entre os alunos, não só na escola, como também em casa por meio da reunião com pais e responsáveis.

Segundo Bruna Braga, a consolidação dos dados do início de 2022 e do fim de 2023, combinada com o acompanhamento das crianças em 2024, forneceu uma visão contínua da situação, permitindo que fossem identificadas as reais necessidades da rede. "O PISE, nos oferece uma visão clara da realidade, revelando a necessidade de projetos de educação alimentar e nutricional, que são elaborados com base nas informações coletadas pelo programa", explica.