O pagamento do décimo terceiro salário aos colaboradores da indústria de transformação deve injetar ao menos R$ 202 milhões na economia local neste fim de ano. Um levantamento realizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), aponta que o impacto dessa injeção de recursos será percebido ao longo das próximas semanas.

Conforme a legislação vigente, o salário extra pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira depositada até o próximo sábado (30) e a segunda até 20 de dezembro. No Alto Tietê, a indústria de transformação é um pilar econômico relevante, com mais de 2 mil empresas, que vão de pequenas e médias unidades a grandes multinacionais.

Atualmente, o setor fabril das oito cidades abrangidas pelo Ciesp Alto Tietê — Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano — emprega mais de 74,8 mil pessoas, representando cerca de 25% da força de trabalho da região.

Reconhecida como uma das atividades econômicas com melhores remunerações, a indústria local registra um salário médio superior a R$ 2,7 mil, de acordo com os dados recentes do Caged.

Segundo José Francisco Caseiro, diretor regional do Ciesp Alto Tietê, as empresas se organizam durante o ano para garantir o pagamento do décimo terceiro sem comprometer o fluxo de caixa. "As indústrias provisionam esses valores ao longo dos meses, com planejamento para manter o equilíbrio orçamentário. O setor industrial é um dos principais empregadores da região, e sabemos da relevância desses recursos para a economia. Eles não apenas ajudam os trabalhadores a quitar dívidas e investir, mas também impulsionam os setores de comércio e serviços, que se beneficiam das compras de fim de ano", afirmou.

O Alto Tietê abriga um dos principais parques fabris de São Paulo, com destaque para os setores de papel e celulose, metalurgia, automóveis e química.