Uma paralisação realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Guarulhos e Arujá (Sincoverg) afetou as 29 linhas do transporte público de Arujá, nesta segunda-feira (23) em Arujá. A Prefeitura informou que a greve, realizada desde às 7 horas, impactou grande parte do transporte escolar, incluindo alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Segundo o diretor do Sincoverg, José Antônio de Souza, a manifestação ocorreu em razão de problemas com a administração da empresa Arujá Transporte, responsável pela concessão do serviço na cidade. No fim da tarde, a concessionária afirmou que trabalhava para a normalização de 100% da operação. 

De acordo com o diretor, o problema não seria com a Prefeitura, mas os motoristas decidiram realizar a paralisação após a implantação de um novo sistema de operação pela Arujá Transporte, que causou mudança nas linhas. O objetivo era buscar uma solução junto a empresa. A situação, segundo ele, estava sendo resolvida no início da tarde, com conversa com os operadores, e caso não surgissem outras demandas, o serviço deveria ser normalizado no decorrer do dia.

A Arujá Transporte informou em nota que lamentava o ocorrido e que foi surpreendida com a paralisacão imposta pelo Sindicato, sem aviso prévio de 72 horas, como prevê a legislação. "Os trabalhadores foram liberados para trabalhar depois de uma assembleia ocorrida às 16h. A paralisacão afetou as 29 linhas dos sistemas urbano, escolar, fretamento e metropolitano, sob responsabilidade da empresa. A empresa trabalha neste momento para normalizar 100% da sua operação", destacou em nota divulgada no fim da tarde de ontem. 

Prefeitura

O prefeito de Arujá, Luis Camargo (PSD), publicou um vídeo sobre a paralisação logo pela manhã e divulgou uma nota de reprovação contra a greve promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Público, afirmando que a gestão não foi procurada pelos trabalhadores para qualquer tipo de negociação, e não houve aviso prévio da paralisação. A administração municipal afirmou em nota que acompanhava de perto as medidas necessárias para que o transporte fosse restabelecido o mais rápido possível.

"Importante frisar que, embora a relação de emprego seja entre as empresas de transporte e os motoristas, por tratar-se de uma concessão, a Prefeitura deveria ter sido ouvida num processo prévio de diálogo e negociação, o que não ocorreu. Não houve sequer a chance de conhecer ou discutir eventuais problemas", complementou a prefeitura em nota.

Segurança

O capitão Anderson Pelegrine, comandante da Polícia Militar de Arujá, também se manifestou e salientou que não houve aglomeração de pessoas nos terminais rodoviários da cidade ou em frente às garagens de ônibus. "Estamos fornecendo, juntamente com a GCM (Guarda Civil Municipal), total apoio e reforço ao patrulhamento; seja nos terminais, seja nos pontos de ônibus, ou em qualquer outro lugar em que possa aumentar a incidência de roubos, furtos ou demais ocorrências de interesse de segurança pública relativos a essa greve", disse o capitão em nota no início da tarde de ontem. 

*Texto supervisionado pelo editor.