A Igreja do Carmo de Mogi das Cruzes promove neste sábado, dia 7 de setembro, a partir das 8h30, a 30ª edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas. Criado em 1995 por igrejas católicas, a ação que se repete em diversos lugares do país, tem como objetivo denunciar as desigualdades existentes no Brasil. A data foi escolhida em contraponto ao Grito da Independência, proclamada no dia 7 de setembro de 1822 por Dom Pedro I. A paróquia fica na rua Dr. Antonio Cândido Vieira, 620, no centro de Mogi.

O diácono da Diocese de Mogi, Elton da Silva, afirmou que o objetivo é celebrar a inclusão de todas as pessoas: "A ideia é refletir sobre as pessoas excluídas e oprimidas que sofrem qualquer tipo de preconceito ou desigualdade, e representá-las, mas também trazer os excluídos para gritar por inclusão e dignidade humana”, disse. “Além disso, é um grito para toda sociedade. Os bens materiais devem ser distribuídos de forma equitativa, todos merecem viver com dignidade e ser respeitados além de sua orientação sexual, religiosa... Todos merecem ser incluídos”, completou. 

Com início às 8h30, estão programadas diversas ações na Igreja do Carmo para o dia. Às 9h será realizada a celebração eucarística, seguida pelo 'Café do Grito', que acontecerá às 10h, e depois pela caminhada até o Largo do Rosário. Para às 11h, está programado um ato público e, por fim, o encerramento por volta do meio-dia. 

“Chamamos a atenção da sociedade para as pessoas que são excluídas, desde a pessoa idosa, a criança que não tem acesso a educação ou a alimento de qualidade, o desempregado, as pessoas LGBTQIA+, pessoas encarceradas, pessoas que sofrem violências, gritamos por todos”, salientou o diácono. 

O evento é organizado por movimentos sociais e pastorais da Igreja católica, entretanto outras entidades e movimentos religiosos são convidados a participar, de acordo com o diácono, sendo um processo de reflexão coletiva. Ele descreve o Grito como um evento ecumênico e interreligioso, que privilegia a participação ampla, aberta e plural da sociedade. 

História 

O primeiro Grito foi realizado em 7 de setembro de 1995, tendo como lema “A vida em primeiro lugar”. Neste ano, o lema é “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. “Com esse lema nossa tentativa é chamar a atenção para que as pessoas, começando pelos nossos governantes nas esferas municipais, estaduais e federais, possam se sensibilizar por esse grito e promover políticas públicas para inclusão de todas as pessoas”, concluiu. 

*Texto supervisionado pelo editor. 

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